Uma
questão que sempre convivi na minha vida profissional, foi sempre
ler o manual de instrução e começar a fazer após ter o mínimo de
conhecimento a respeito da atividade ou função a ser desempenhada.
Na
educação eu percebo que a visão do Paulo Freire ,não torna o
professor o suprassumo do conhecimento e nem tampouco os alunos seres
desprovidos de conhecimento, nesta abordagem tanto alunos como
professores eles se completam no sentido de partilhar e compartilhar
conhecimentos, não desprezando os saberes tradicionais e a carga de
conhecimento de cada indivíduo, neste sentido, ensinar não é
transferir conhecimentos, conteúdos, nem formar é ação pela qual
um sujeito criador dá forma, alma a um corpo indeciso e acomodado e
sim formar um ser crítico capaz de gerir suas escolhas.
Não
há professor sem aluno e vice e versa, quem ensina aprende ao
ensinar e quem aprende ensina ao aprender, só existe ensino quando
este resulta num aprendizado em que o aprendiz se tornou capaz de
recriar ou refazer o ensinado, ou seja, em que o que foi ensinado foi
realmente aprendido pelo aprendiz. Nós somos “seres programados,
mas, para aprender” (François Jacob).
O
processo de aprendizado pode despertar no aprendiz uma curiosidade
crescente que pode torná-lo cada vez mais criativo e investigativo
em diversas questões que o cerca e que eram despercebidas pelo
mesmo.
O
ensinar exige métodos que forcem os alunos a questionar ,e se
tornarem irrequietos para a construção de um conhecimento mais
amplo ,e poder gerar neste indivíduo a sensação de fazer parte de
um processo educacional e conhecimento , voltados a pesquisa e
inovação de conhecimentos com questionamentos a fim de decifrar e
entender de fato o que lhe está sendo apresentado.
Somos
seres históricos – sociais, capazes de comparar, valorizar,
intervir, escolher, decidir, romper e por isso, nos fizemos seres
éticos. Só somos porque estamos sendo. Transformar a experiência
educativa em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de
fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter
formador. Se se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos
conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando.
Divinizar ou diabolizar a tecnologia ou a ciência é uma forma
altamente negativa e perigosa de pensar errado.
Ensinar
pelo exemplo o professor que ensina certo não aceita o “faça o
que eu mando e não o que eu faço”. Ele sabe que as palavras às
quais falta corporeidade do exemplo quase nada valem. É preciso uma
prática testemunhal que confirme o que se diz em lugar de
desdizê-lo. Uma das tarefas mais importantes da prática educativo
crítica é propiciar condições para que os educandos em suas
relações sejam levados às experiências de assumir-se. Como ser
social e histórico, ser pensante, transformador, criador, capaz de
ter raiva e também capaz de amar.
Ninguém
é detentor de todo o conhecimento ,somos seres evolutivos, ou seja,
a cada dia presume-se que devamos evoluir a patamares de
conhecimentos cada vez maiores, aprendendo uns com os outros não
desprezando os conhecimentos alheios que as vezes somos analfabetos
nestes ,aprender uns com os outros ,respeitando o indivíduo como
também a sua carga cultural e sua gama de conhecimentos ,pensar em
educação e pensar em conhecimento compartilhado.
Claudionor
Cordeiro
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