terça-feira, 11 de agosto de 2015

Instigando a curiosidade

                  

Uma questão que sempre convivi na minha vida profissional, foi sempre ler o manual de instrução e começar a fazer após ter o mínimo de conhecimento a respeito da atividade ou função a ser desempenhada.
Na educação eu percebo que a visão do Paulo Freire ,não torna o professor o suprassumo do conhecimento e nem tampouco os alunos seres desprovidos de conhecimento, nesta abordagem tanto alunos como professores eles se completam no sentido de partilhar e compartilhar conhecimentos, não desprezando os saberes tradicionais e a carga de conhecimento de cada indivíduo, neste sentido, ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos, nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, alma a um corpo indeciso e acomodado e sim formar um ser crítico capaz de gerir suas escolhas.
Não há professor sem aluno e vice e versa, quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender, só existe ensino quando este resulta num aprendizado em que o aprendiz se tornou capaz de recriar ou refazer o ensinado, ou seja, em que o que foi ensinado foi realmente aprendido pelo aprendiz. Nós somos “seres programados, mas, para aprender” (François Jacob).
O processo de aprendizado pode despertar no aprendiz uma curiosidade crescente que pode torná-lo cada vez mais criativo e investigativo em diversas questões que o cerca e que eram despercebidas pelo mesmo.
O ensinar exige métodos que forcem os alunos a questionar ,e se tornarem irrequietos para a construção de um conhecimento mais amplo ,e poder gerar neste indivíduo a sensação de fazer parte de um processo educacional e conhecimento , voltados a pesquisa e inovação de conhecimentos com questionamentos a fim de decifrar e entender de fato o que lhe está sendo apresentado.
Somos seres históricos – sociais, capazes de comparar, valorizar, intervir, escolher, decidir, romper e por isso, nos fizemos seres éticos. Só somos porque estamos sendo. Transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter formador. Se se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando. Divinizar ou diabolizar a tecnologia ou a ciência é uma forma altamente negativa e perigosa de pensar errado.
Ensinar pelo exemplo o professor que ensina certo não aceita o “faça o que eu mando e não o que eu faço”. Ele sabe que as palavras às quais falta corporeidade do exemplo quase nada valem. É preciso uma prática testemunhal que confirme o que se diz em lugar de desdizê-lo. Uma das tarefas mais importantes da prática educativo crítica é propiciar condições para que os educandos em suas relações sejam levados às experiências de assumir-se. Como ser social e histórico, ser pensante, transformador, criador, capaz de ter raiva e também capaz de amar.
Ninguém é detentor de todo o conhecimento ,somos seres evolutivos, ou seja, a cada dia presume-se que devamos evoluir a patamares de conhecimentos cada vez maiores, aprendendo uns com os outros não desprezando os conhecimentos alheios que as vezes somos analfabetos nestes ,aprender uns com os outros ,respeitando o indivíduo como também a sua carga cultural e sua gama de conhecimentos ,pensar em educação e pensar em conhecimento compartilhado.



Claudionor Cordeiro

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